PAULOFREIRE
Obras
Paulo Freire escreveu mais de 50 obras, incluindo livros escritos em parceria com outros autores. Além de escritos, Freire participou de muitas entrevistas, palestras e congressos. A quantidade de informações sobre sua vida e seus escritos são muitas. Boa parte de seus livros foram escritos em outros idiomas, como espanhol, francês e inglês. Obras como "Pedagogia do Oprimido" e "Educação como prática da liberdade" foram traduzidos para mais de 20 línguas. Aqui será destacado suas três principais obras.
O acervo completo, incluindo áudios, imagens, entrevistas, etc, pode ser encontrado clicando
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1959: Educação e atualidade brasileira. Recife: Universidade Federal do Recife, 139p. (tese de concurso público para a cadeira de História e Filosofia da Educação de Belas Artes de Pernambuco).
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Paulo Freire. A propósito de uma administração. Imprensa Universitária; 1961.
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1963: Alfabetização e conscientização. Porto Alegre: Editora Emma.
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Paulo Freire. Educação como prática da liberdade. Paz e Terra; 2000. ISBN 978-85-219-0109-9
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Paulo Freire; Raul Veloso; Luís Fiori. Educação e conscientização: extensionismo rural. CIDOC; 1968.
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Paulo Freire. Extensão ou comunicação?. Paz e Terra; 2001. ISBN 978-85-219-0427-4.
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Paulo Freire. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Paz e Terra; 2007. ISBN 978-85-7753-023-6.
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Paulo Freire. Cartas a Guine-Bissau: registros de uma experiencia em processo. Paz e Terra; 1984.
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Paulo Freire. Os cristãos e a libertação dos oprimidos. Edições Base; 1978
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1979: Consciência e história: a práxis educativa de Paulo Freire (antologia). São Paulo: Loyola.
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1979: Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 112 p.
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1979: Multinacionais e trabalhadores no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 226 p.
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1980: Quatro cartas aos animadores e às animadoras culturais. República de São Tomé e Príncipe: Ministério da Educação e Desportos, São Tomé.
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1980: Conscientização: teoria e prática da libertação; uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 102 p.
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1981: Ideologia e educação: reflexões sobre a não neutralidade da educação. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
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1982: Sobre educação (Diálogos), Vol. 1. Rio de Janeiro: Paz e Terra ( 3 ed., 1984), 132 p. (Educação e comunicação, 9).
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Paulo Freire; Antonio Faundez. Por uma pedagogia da pergunta. Paz e Terra; 2002
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Paulo Freire; Adriano Nogueira; Débora Mazza. Fazer escola conhecendo a vida. Papirus; 1986
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Paulo Freire; Sérgio Guimarães. Aprendendo com a própria história. Editora Paz e Terra; 2000. ISBN 978-85-219-0371-0
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Paulo Freire; Adriano Nogueira; Debora Maza. Na escola que fazemos: uma reflexão interdisciplinar em educação popular. Edit. Vozes Ltda.; 1990. ISBN 978-85-326-0237-4.
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Paulo Freire; Adriano Nogueira. Que fazer: teoria e prática em educação popular. Vozes; 1989.
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Paulo Freire. Paulo Freire conversando con educadores. Ed. Roca Viva; 1990.
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Paulo Freire; Donaldo Pereira Macedo. Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. Paz e Terra; 1990
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Paulo Freire, A Educação na cidade. Cortez Editora; 1991.
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Paulo Freire, A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. Cortez; 2008
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Paulo Freire. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. Paz e Terra; 1997. ISBN 978-85-219-0010-8.
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Paulo Freire, Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. Olho d'Água; 2008
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Paulo Freire, Política e educação: ensaios. Cortez Editora; 1993.
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Paulo Freire, Ana Maria Araújo Freire, Cartas a Cristina: reflexões sobre minha vida e minha práxis, 2003, Editora UNESP, ISBN 978-85-7139-483-4
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Paulo Freire, Frei Betto, Essa escola chamada vida,1994, Ed. Ática, ISBN 978-85-08-02764-4
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Myles Horton; Paulo Freire; Brenda Bell. O caminho se faz caminhando: conversas sobre educação e mudança social. Vozes; 2003. ISBN 978-85-326-2815-2.
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Paulo Freire, Ana Maria Araújo Freire, À sombra desta mangueira, Olho d'Agua. 1995, ISBN 978-85-85428-15-0.
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Paulo Freire, Sérgio Guimarães, Moacir Gadotti, Pedagogia: diálogo e conflito,1986, Cortez Editora Autores Associados
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Paulo Freire, Ira Schor, Medo e ousadia: o cotidiano do professor, 1997, Paz e Terra
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Paulo Freire, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa,2009, Paz e Terra, ISBN 978-85-7753-015-1, Ver artigo Pedagogia da Autonomia
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Paulo Freire, Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos , 2000, Editora Unesp, ISBN 978-85-7139-291-5
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Paulo Freire, Sérgio Guimarães, A África ensinando a gente: Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, 2003, Paz e Terra, ISBN 978-85-219-0646-9

Considerada a principal obra de referência de Freire, foi escrito no Chile, durante seu exílio, em 1968. Traduzida para o espanhol, inglês, chinês, árabe, grego, finlandês, etc. Sua enfâse principal é que o homem deve aprender e pronunciar a sua própria palavra e não repetir, simplesmente, a do outro. Ele propõe que a palavra constitua o veículo através do qual o homem se torna plenamente sujeito. Por intermédi da comunicação autêntica que se estabelece através do diálogo é que o indivíduo transforma-se criador e sujeito da sua prórpria história. Uma vez que o processo educativo não é um empreendimento neutro, ele se constitui uma ação cultural para a libertação ou para a dominação. Em suma, a obra introduz o leitor a uma pedagogia do oprimido em que a realidade opressora é desvelada em sua totalidade de modo que o homem, tornando consciente da situação de exploração em que vive, luta por sua transformação.
Pedagogia do Oprimido por Rosa Maria Torres
"Pedagogia do Oprimido é um dos livros de impacto mais importante e mais duradouro sobre a educação latino-americana nas últimas duas décadas. Prenhe de ideias simples, e por serem revolucionárias, fecundou toda uma geração de jovens que então procurávos caminhos para mudar o mundo e para nos inserir na realidade de nossos povos. Foi a partir de Freire que, para muitos de nós, a educação surgiu como um espaçço vital, como uma alternativa de atividade política. Pedagogia do Oprimido continua em pleno vigor, tanto quanto a própria realidade que lhe deu motivo."

Apresentação do livro Educação como prática da Liberdade por Pierre Furter
"É impossível falar de Paulo Freire com ele, tanto o diálogo (esta atividade pedagógica por excelência) tornou-se parte integrante da existência deste extraordinário pernambucano. Portanto, não devemos nos espantar do caráter voluntariamente oral destas páginas; do movimento contínuo do pensamento que obriga o leitor a lhe prestar constante atenção; e do seu ritmo em que cada ponto e parágrafo marca uma pausa para o leitor poder relfetir e organizar uma reação esperada. É por esta dialética da continuidade (no fluxo da fala) e da descontinuidade (nas pausas da reflexão) que se pode educar para responder aos desfios de uma sociedade em trânsito, descrita no primeiro capítulo.
Mas a oralidade de Freire não experessa só o seu estilo pedagógico. Revela sobretudo o fundamento de toda a sua práxis: a conviccção de que o homem foi criado para se comunicar com os outros."


Durante o período em que ficou exilado, Paulo Freire participou de diversos projetos desenvolvendo os métodos de alfabetização de adultos e escreveu algumas obras, entre elas está “Educação como Prática da Liberdade”, publicada no Chile, em 1965. A obra propõe uma prática dialógica e antiautoritária. Enfatiza que a primeira é uma ação pedagógica para a liberdade mas sua viabilização só é possível em uma sociedadde em que as condições sociais, políticas e econômicas sejam favoráveis. É o primeiro livro de Freire publicado no Brasil.


Escrito em 1996, foi a sua última obra publicada em vida. O livro tem como foco o ato de educar, enfatizando a relação entre educador e educando. Freire mostra que, como ele mesmo intitula o primeiro capítulo de seu livro, "Não há docência sem discência", criticando assim o sistema tradicional e vertical de aprendizagem. Ele diz que "não há docência sem dicência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem a condição, de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender"(p. 23). É um livro que propõe uma mudança de atitude para os professores, e para isso ele tenta conscientizá-los ao longo do livro, falando sobre suas inquietações com relação à educação e mostrando que a educação é um meio de intervenção no mundo. Em seu último escrito, Freire tenta guiar os professores para que formem alunos para a vida, pois ele acreditava que educação não era apenas a transmissão de conhecimento, mas sim a construção de seres humanizados e conscientes.